Saneaqua destaca problemas causados pelo lançamento irregular de esgoto em rios e córregos
Os impactos ocorrem na saúde pública, no meio ambiente, na economia e em diferentes esferas, e afeta a qualidade de vida de toda a população
A poluição de rios ou córregos gera impactos ambientais para todo o ecossistema local. Com base nisso, a Saneaqua, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto em Mairinque, chama a atenção para os problemas causados pelo lançamento irregular de esgoto em rios e córregos.
"Atualmente, cerca de 1,49 milhões de litros de esgoto são tratados pelo dia no município e deixam de ser lançados em natura em rios e córregos. Com isso, o Ribeirão Varjão, que deságua no Rio Sorocaba, já apresenta melhoria na qualidade das águas que correm por seus leitos em decorrência dos avanços dos serviços de esgoto", afirma o gerente operacional da Saneaqua, Bruno Gravatá.
Gravatá destaca que, dentre as áreas mais afetadas pelo despejo de esgoto sem tratamento nos rios e córregos, está a saúde pública, o meio ambiente e a economia, o que, consequentemente, impacta na qualidade de vida da população de um modo geral. Segundo pesquisa do Instituto Trata Brasil, o país trata apenas de 50,75% de todo o volume de gerado esgoto. A média dos cem maiores municípios brasileiros é de 64,09%.
"O esgoto doméstico é composto por água (99%) e sólidos (1%) que, em sua maioria, são materiais orgânicos em decomposição originados de fezes e de atividades humanas em pias, tanques, chuveiros, entre outros. Quando despejado nos rios sem tratamento, esse rejeito altera a composição natural do ecossistema, trazendo danos para a fauna e a flora aquática, e os seres humanos que vivem no entorno", explica Bruno.
A falta de sistemas de esgoto nas cidades também é um problema de saúde pública, pois o esgoto apresenta grande quantidade de poluentes e de agentes biológicos que podem causar doenças transmitidas pelo contato direto com os rejeitos.
"O esgoto não tratado ainda altera toda a composição química da água, diminuindo o oxigênio disponível e afetando a vida aquática e o ecossistema local, o que se torna uma questão ambiental bem grave. Economicamente, há o efeito na infraestrutura das cidades e no seu potencial turístico, impactando na valorização dos imóveis e na renda gerada pelo setor", completa o gerente operacional.
Mairinque conta com sete estações elevatórias em operação, uma estação de tratamento de esgoto e 122 quilômetros de redes coletoras, coletores-tronco e interceptores.